quinta-feira, 31 de julho de 2014

Você precisa de alguém que te queira.
Bem, eu te quero.
Então seja corajosa e me queira também.

domingo, 27 de julho de 2014

Cansei de fingir pra tentar evitar que alguém perceba o óbvio.
Só de me olhar, se alguém me olhasse dentro como você fazia,  saberia que eu tô fudida em tantos níveis que nem consigo assimilar.
Foda-se,  eu cansei.

- Às vezes penso que nasci ao contrário.
Sabe, saí da minha mãe de maneira errada.
Eu ouço palavras passarem por mim ao contrário.
As pessoas que eu deveria amar, eu odeio.
E as pessoas que eu deveria odiar...

terça-feira, 15 de julho de 2014

Uma (pequena) resenha musical

"Talvez, a gente deveria não se encontrar

Mas a vida tratou de mudar

Tudo aquilo que a gente planejou

Talvez, em outra vida tenha dado errado

E o nosso medo vem lá do passado

Mas o presente está ai pra mudar

Você e eu"

- Maio, Cervelet


Formada inicialmente na cidade de Jaboticabal (SP) pelos moços Iuri Nogueira, Tiko Previato, Vitor Marini e Guto Cornaccioni, Cervelet trás o disco de estréia "Canções de passagem" contendo doze faixas, todas elas nomeadas por um respectivo mês do ano na ordem de janeiro a dezembro (eu achei a sacada bem bacana).

São doze faixas de uma sonoridade incrível e uma vibe acustic/folk, pop/rock trazendo boas melodias vocais, canções harmoniosas, riffs e solos de guitarra que misturados com maestria formam um som agradabilíssimo de ouvir, junto com muita poesia e letras adultas que falam em sua maior parte sobre relacionamentos.

E o melhor é que diante de tamanha qualidade musical, ninguém ousaria dizer que o belo trabalho dos rapazes tenha sido gravado inteiramente num pequeno estúdio caseiro com uma placa de apenas dois canais e um microfone.

Cervelet, que se pronuncia "cervelê" que na verdade é a tradução em francês da palavra 'cerebelo' realmente é música boa pro ano inteiro, os destaques ficam por conta das faixas "Janeiro", "Fevereiro", "Março" ,"Maio", "Outubro", "Novembro" entre outras.
O disco "Canções de passagem" pode ser baixado na íntegra e gratuitamente no site oficial da banda.

http://www.cervelet.com.br

> pt-br.facebook.com/paginacervelet

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Incrivel é a palavra que melhor descreve o poder que tem aquela voz de menina sobre mim.
É terapêutica e me enche de vida como se por alguns minutos eu pudesse ser somente eu novamente, livre da tristeza e com aquele fogo queimando por dentro.
É uma carga no ânimo que vai durar por alguns dias até que o nó na garganta volte a me apertar, mas... De alguma forma me faz tão bem!
Mesmo sabendo que não posso deixar escapar a complexidade dos meus sentimentos, tendo que esconder aquele ardor,  a paixão, aquela vontade imensa de viver, de abraça - lá e não largar nunca mais.
Eu guardo toda essa energia que ela me trás,  guardo tudo que posso, devoro esses pequenos e raros momentos como se fossem os ultimos.
Logo ela vai embora, eu vou continuar noite adentro pensando nos seus beijos e a boca pequena e rosada, sem nenhuma vergonha tô aquecendo meu corpo com essas lembranças gostosas enquanto der.

Eu não compreendia o que estava acontecendo ali.
Apenas sei que Hanna ouvia aqueles sons a sua volta enquanto tentava prestar atenção em alguma coisa, sem sucesso.

Senti - me impotente,  já há quase dois meses ou mais aquela expressão apática havia tomado conta do seu rosto e de nossas vidas e na sua cabeça eu percebia que apenas o silencio se pronunciava, aquele silencio desesperador, o mesmo de sempre.

Lá estava ela, semana após semana sentada na varanda, o rosto pálido e a mesma camisola encardida a lhe conferir aquele terrível ar fantasmagórico, durante horas se debatendo na velha cadeira de balanço e sempre em silêncio, como se através dele pudesse escutar a voz de Kevin em algum lugar.

Em algum momento me perguntei como podia saber com tantos detalhes cada dor que se passava com ela. E Mesmo quando nós não trocávamos uma única palavra sequer,  eu sempre sabia.

Foi quando pela primeira vez ela me encarou como se adivinhando minha pergunta, e eu entendi.
Eu vestia a mesma camisola suja, os cortes em meus braços sangravam da mesma maneira, entrei em choque.

Eu havia me tornado um último resquício vivo daquela alma perturbada e agora conseguia lembrar claramente o que havia acontecido.

Não éramos irmãs, eu era um fantasma de toda parte viva que restava em Hanna, ela, um pútrido cadáver que andava e respirava.
Desde que havíamos nos separado no dia da morte de Kevin, éramos duas partes de alguém que havia sido imensamente feliz no passado e não conseguíamos desapegar das boas lembranças e descansar em paz.

Notei que ela continuava a me encarar e depois de um longo tempo tomando coragem, finalmente perguntou:

- Porque ele?

Respondi sem pensar de um modo que não poderia ter sido melhor.

- Porque as pessoas que amamos sempre partem, de uma forma ou outra, por querer ou até mesmo contra suas vontades. E todos os dias estamos sujeitas a ter que dizer adeus.

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Inutilmente.


E de tanto ver você se esquivar,  depois de tanto "não te preocupa" "não é nada" "tava ocupada" e tantas desculpas pra afastar sua vida da minha, talvez um dia eu faça isso mesmo e comece a não me importar.
Não gasto mais uma hora da minha vida me decepcionando com você, afinal porque faria isso?
Você não precisa mais de mim, e se a utilidade pra você acabou, anda, toma coragem pega as tuas coisas e dá o fora de vez que eu não vou implorar pra você ficar.

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Apenas um sinal... Qualquer um.

É um jogo perigoso.
Ficar apostando quantas noites frias e vazias como essa ainda vou enfrentar sem você.

Quando criança eu gostava de ver o tempo passar, ficava pensando no sentido do tempo, da vida, esperando que alguma coisa nova e fantástica fosse acontecer a qualquer momento.

Agora eu fico a espera de alguma coisa que me puxe fora desse abismo, espero por algo que jamais vai acontecer, espero por apenas duas palavras suas.
Eu espero, e s p e r o, espe... ro...

Eu fico sem forças, sem respirar, eu choro, me desespero.
Todo resumo de uma vida enquanto te espero, te espero, te espero...

Será que você lembra do meu sorriso? Ainda me sente? Ainda me vê?
Me dê um sinal, qualquer um...

As vezes quando estou com você eu tenho medo, eu sou humana, sou fágil, menina e mulher.
Mas sem você eu tento mentalizar, peço a Deus algum milagre e espero, rezo, espero...

sábado, 5 de julho de 2014

your secret's safe with me.

Bom dia, como passou a noite?
Não me pergunte o mesmo, amor.
O gosto do vinho barato ainda estala na boca, e vou acabar falando que estava pensando em você, que sempre penso em você, que estou respirando você.
Isso pode acabar tão mal...

Ambas sabemos que você não gosta de coisas que não representam desafio.
Será que sou aventura suficiente por hoje a noite?
Se sim, não diga nada.
Essa certeza furiosa que vejo em você quando me olha, o que ela representa?
Quais são as coisas misteriosas em que você pensa?

Andando perdidamente em direção a porta lembrando de ontem, quando minhas perguntas eram tantas, assim como as incertezas.
Sabe o modo como você me derrubou no chão e apenas respondeu com um sorriso?
É desconcertante...
Boa noite, como vai passar o dia?

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Idiota, sz


Não sei em que você está tentando me fazer acreditar, nem quero saber.
Me leva, me mata, beija ou abraça.
Tanto faz.
Sinto que posso ir embora nesse seu sorriso bobo e nele me perder.
Me perder um pouco em você.
Me avise se for arriscado demais, porque estou começando a não me importar com consequências.
Imprudente que sou, tô achando tudo muito bom.

Em algum momento não definido após aquela dor aguda veio um loooooooongo vazio.
E depois, o que eu poderia ter feito senão encher o coração de sentimentos bons e gratidão a Deus ou seja lá quem for, por mesmo depois de tanto sofrimento, ainda ser eu aqui e conseguir ser fiel ao que sou, ao que sinto, ao que quero.
Descobri em mim muita gratidão pelos obstáculos que ensinam e pela felicidade que faz sorrir.
Eu sou feita de pequenos momentos, aqueles mais simples e delicados.
Me disseram que ainda é noite quando eu dou bom dia, e que sou louca.
Realmente não sou, é que eu gosto da poesia.

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Não contei a ninguém, mas  a verdade é que passei o dia com o Kevin na cachoeirinha.
Eu lembro quando a senhora me disse naquele vinte e cinco de novembro quando tentei fugir de casa, que 'um sonho sempre vem acompanhado de muito sofrimento'.
Olha vó, eu não sei se estar com ele é um daqueles sonhos que valem a pena.
Amanhã caso algo dê errado, seu colo e o bolo de milho quentinho com café irão me ajudar, eu sei.
- Hanna

terça-feira, 1 de julho de 2014

Puff

E justo eu, que nem acredito realmente em astrologia continuo lendo teu signo todos os dias sabe se lá porque...

O que eu não deveria ter engolido.

E daí que rolou de por coincidência na hora do beijo gay na novela ~clarina~ eu estar em um restaurante com amigos.
Na mesa da frente jantavam uma senhora, que pelos modos de vestir julguei como evangélica, sua filha e alguns netos, até aí tudo bem.
Na televisão a cena se desenrolava e notei a senhora a virar a cabeça e colocar insistentemente a mão nos olhos.
No momento do beijo ~selinho~ a senhora vira rápido a cabeça num 360° macabro (O exorcista) e pergunta ao garçon que se encontra de pé, babando em frente a televisão:
- Beijou??! Não acredito! Isso é um nojo!!
Ao que o garçom embasbacado apenas consente com a cabeça.
Os dois netos ainda sem nada entender olhavam da televisão para sua queridissima avó.
Alguns minutos mais tarde, passado o episódio ridículo, todos na mesa da frente ainda observavam a televisão que no momento exibia um comercial de outra novela.
Logo após tal palavra ser pronunciada por uma das atrizes da trama, eis que a adorável senhora fazendo uma graça com os netos, repete de boca cheia "assassino!".
Os pequenos riem, a velha cristã e defensora dos bons costumes também ri e nesse momento paro de observar  e volto a saborear minha água de coco gelada.
Fico ali pensando nos valores invertidos, na ignorância e no impacto que esse tipo de atitude provoca, meus amigos pensam o mesmo e terminam o jantar enquanto discutimos.
Assim todos nós vamos vivendo, alguns propagando a mensagem do preconceito, outros permitindo que ela seja propagada.
Deixando nossas crianças acreditarem que um noivado ou beijo entre duas moças é uma coisa inescrupulosa que precisa ser combatida publicamente.
Ao contrário, assassinato, vingança,  disputa por poder e dinheiro são coisas perfeitamente comuns e porque não dizer, normais?
Coisas essas que podem servir inclusive como entretenimento infantil numa mesa de jantar familiar.

Já decidi cá comigo, da próxima vez que coisa parecida se repetir na minha frente vou interferir não importando onde esteja e tenho esperança de que mais pessoas façam o mesmo.