quinta-feira, 19 de junho de 2014

Amanhã? Talvez não... Quem sabe.

Nunca tiver o poder de ser uma pessoa segura, nós duas sabemos.
Mas cheguei em determinada situação em que pela primeira vez existe um motivo para de fato não estar segura sobre nada.
Não vejo saida. Ninguém a quem possa pedir algumas orientações.
Olho por essa porta e vejo você cada vez mais distante, sua voz cada vez mais baixa, seu cheiro escapando entre minhas mãos.
Minha respiração variando a cada sorriso seu, por achar ser o ultimo ao qual poderei presenciar.
Essa vontade de gravar cada expressão, cada suspiro teu, cada palavra.
Só pra poder viver dessas lembranças no dia em que você não quiser mais estar por aqui e for embora.
Mas aqui entre nós, eu sei que nunca seria o suficiente. Não é...
As horas demoram dias, meses, anos.
Estive todo o tempo esperando que isso aliviasse como muitos me disseram que aconteceria, mas não alivia, nunca.
Cada dia essa distância maior tem me sufocado e meu café da manhã me vem cada vez mais repleto de lágrimas dores e apertos reais.
Estou tentando ser forte, mas por Deus... Até quando já não sei.
Tento por meio da imaginação multiplicar suas palavras.
Crio textos inteiros narrados pela sua voz. Vejo você no travesseiro, na televisão, num banco de praça.
Vejo você no rosto das meninas mulheres e senhoras. No balanço de qualquer cabelo.
Isso me sufoca.
Estou perdendo as forças e já nem luto contra, apenas choro escondida com medo de que você se vá.
Nos meus sonhos é onde sei que sempre posso te encontrar e onde sempre quero estar.
Por isso durmo,  manhã tarde ou noite.
Qualquer saudade é desculpa para tomar alguns remédios e ir te encontrar.
Porque só aqui nos meus sonhos eu sei que ainda faço parte de você.

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